A cooperativa agrícola como instrumento de dinamização do meio rural : a Cooperativa de Montalegre

Abstract

No trabalho que nos foi proposto desenvolver no ano letivo 2010 1 2011, na Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada do Porto, na unidade curricular de Projeto III do Mestrado Integrado em Arquitetura, desenvolvemos o estudo na região de Montalegre, focando com maior acuidade as fragilidades mais significativas em termos de preservação da sua identidade e a promoção da sua vitalidade. A principal preocupação da presente dissertação, ao abordar as temas da desertificação, degradação e abandono do meio rural em Portugal, é propor opções e soluções que contrariem esta tendência, que tem vinda a ser objeto de estudo par parte de várias autores, desde a década de 80 da século XX. Ao arquiteto compete não só criar ideias no campo da arquitetura, coma partir das necessidades, quer daqueles para quem se projeta quer das locais onde o projeto é desenvolvido, refletindo acerca dos aspetos ligadas ao território e às populações que nele habitam. Nesta sequência, propomos a implantação de um equipamento coletivo que funcione como centro estruturador e gerador de desenvolvimento: uma Cooperativa Agrícola em Montalegre. Trata-se, neste casa, de explorar as atividades que sobressaem no concelho e que são essencialmente a agricultura e a pecuária. A Cooperativa Agrícola em Montalegre responde estrategicamente aos problemas enunciados, incentivando e apaiando os agricultores, assegurando a sua projeção e afirmação futura, e desempenhando funções de caráter ativo e criativo, nomeadamente, em atividades relacionadas com os vaIores do lugar, suas vocações e costumes. É, portanto, uma infraestrutura que evidencia e sustenta o caráter de ruralidade e a identidade do concelho de Montalegre.