Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/11067/4326
Title: | Crise financeira mundial : o grande momento ou manifesto sociológico? |
Author: | Paiva, Ana Maria Lourenço |
Keywords: | Crises financeiras Filosofia moderna Sociologia Emoções Razão |
Issue Date: | 2017 |
Abstract: | Que nos ensina a história das nossas ideias? Que devemos mudá-las, afirma a autora. Assim, a partir da análise de alguns aspectos da crise financeira de 2008, Ana Paiva discorre sobre a necessidade de uma revisão epistemológica do pensamento do social.
A ideia dominante é a necessidade de se fundar uma Nova Sociologia com base em conhecimentos provados no âmbito das neurociências – interdisciplinaridade - construindo-se uma objectividade externa, positividade ou prova dos factos, através da procura do realismo e não reforçando o reducionismo subjetivo do racionalismo imperante.
O novo paradigma procurado por Ana Paiva afirma que a realidade fala de si através da emoção humana, que automaticamente se converte em sentimento e pensamento ao atualizar-se em cada ser humano, ou seja, é a matéria que se conhece a si própria na forma complexa de ser matéria humana. O homem conhece porque é uma matéria consciente. Assim, toda a razão é também emoção porque é a emoção que a suporta e a produz.
O objectivo da autora é encontrar um equilíbrio entre as várias possibilidades limitadas de conhecer através da razão contingente de corpos físico/químicos (que contêm em si informação material necessária para a sua forma/possibilidade de conhecer): Conheço porque a emoção me conduz ao mundo da consciência e aí é possível a abstração não absoluta mas objetivante do pensamento.
A ruptura epistemológica procurada pela autora, decorre do facto de se afirmar que a matéria poder conhecer a matéria. Isto é um realismo e não um novo materialismo, pois a matéria cognoscente não é só matéria. Podemos portanto afirmar que a verdade é uma conformidade ao real e que se revela, parcialmente, através da consciência que emerge nos seres humanos. Não é o homem que conhece mas a matéria que se conhece a si quando é matéria humana. A Nova sociologia seria uma forma de pensamento crítico mas optimista de que é possível conhecer, porque somos matéria pensante, ou seja, a matéria conhece-se a si, ou revela a sua verdade, na sua variedade de matéria viva humana. What teaches us the history of our ideas? That we should change them, says the author. Thus, starting from the analysis of some aspects of the financial crisis of 2008, Ana Paiva writes about the need of an epistemological revision of the social thought. The main idea is the need of creation of a New Sociology based in proven concepts from the neurosciences area – interdisciplinarity – that builds an external objectivity, positivity or proof of facts, through the constant lookout of realism, and not reinforcing the subjective reductionism of the dominant rationalism. The new paradigm searched by Ana Paiva states that reality speaks of itself through human emotion, that automatically transforms itself into feeling and thought by means of actualizing itself in each and every human being, that is, it is the matter that knows itself in the complex form of being human matter. The man knows because he is a conscious matter. Thus, all the reason is also emotion since it’s the emotion that builds and produces it. The author’s objective is to find a balance between the different limited possibilities of knowing the reason of the physical/chemical body’s contingent (that contains in itself material information for its body/possibility of knowledge): I know because the emotion drives me to the conscious world and there the nonabsolute but objectifying abstraction of thought is possible. The epistemological rupture thought after by the author, runs from the possibility of the matter being able to know itself. This is a realism and not a new materialism, since the cognoscente matter is not only matter. We can thus claim that the truth is a conformity to the real and that it reveals itself, partially, through the consciousness that emerges from human beings. It’s not the man that knows but the matter that knows itself when it is human matter. The new sociology would be a critical thinking way, but optimist that it is possible to know, since we are thinking matter; in other words, the matter knows itself, or reveals its truth, in its human matter diversity. |
Description: | Lusíada. Economia & empresa. - ISSN 1645-6750. - S. 2, n. 22 (2017). - p. 93-108 |
URI: | http://hdl.handle.net/11067/4326 https://doi.org/10.34628/myft-zd51 |
Document Type: | Article |
Appears in Collections: | [ULL-FCEE] LEE, n. 22 (2017) |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
lee_22_2017_5.pdf | 366,13 kB | Adobe PDF | View/Open |
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.