Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/2476
Título: Intervenção psicológica nas dependências : do pensamento cristalizado ao despertar das consciências
Autor: Pereira, Iolanda Vanessa Braga
Orientador: Pires, Ana Meireles Sousa
Carvalho, Paula
Palavras-chave: Psicologia
Psicologia clínica
Toxicodependência
Intervenção psicológica
Prevenção
Avaliação psicológica
Consulta psicológica
Data: 2012
Resumo: A Organização Mundial da Saúde (OMS), define a droga como “toda a substância que, ao ser introduzida no organismo, causa alterações no seu funcionamento, modificando uma ou mais das suas funções” (Krarner e Cameron. 1975. p13), e por droga psicoativa “qualquer substância, consumida através de qualquer via de administração, que altera o humor, a perceção do ambiente externo (e.g. tempo, local) ou interno (e.g. sonhos, alucinações), e o funcionamento cerebral” (Schuckit, 2000, p. 4). O diagnóstico de Perturbações Relacionadas com Substâncias, segundo o DSM-IV-TR (APA, 2002), aplica-se a todas as substâncias que introduzidas no organismo afetam ou alteram o estado de humor e de comportamento, desenvolvendo incapacidades no indivíduo ao nível da esfera pessoal, laboral, social, fisica e familiar, assim como sintomas e estados característicos como a intoxicação, tolerância, dependência e síndrome de abstinência. De acordo com a OMS, a dependência é um “ estado físico e psicológico, resultante da interação entre um organismo vivo e um produto, caracterizado por modificações de comportamento e ações desencadeadas pela necessidade de tomar a droga de forma continuada, para neutralizar os efeitos psíquicos e evitar os sintomas de privação. A tolerância pode estar ou não presente” (Becõna, 2002, p. 21). Encontrando-se a Europa num período de austeridade económico-financeiro, com níveis crescentes de desemprego, receia-se que esta situação se possa fazer acompanhar de um aumento das formas problemáticas de consumo de droga. Ao longo da última década, obtiveram-se avanços importantes, ainda que desiguais, na resolução dos problemas de droga (OEDT, 2010). Segundo o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (2010), o número das pessoas em tratamento aumentou exponencialmente, e os progressos no combate ás consequências mais nocivas do consumo de droga para a saúde têm sido consideráveis, como a infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH). O tratamento é um domínio em que tanto a qualidade como a quantidade dos cuidados disponíveis continuam a crescer. A expansão do tratamento tem sido liderada pelo crescimento dos cuidados especializados em ambulatório, acompanhados pelos serviços de proximidade como é o caso dos Centros de Respostas Integradas. Os atuais padrões de consumo estão a obrigar os serviços a desenvolver respostas mais complexas e diferenciadas, baseadas nas necessidades e com uma melhor ligação aos recursos genéricos de saúde e assistência social. No que diz respeito ao tratamento de substituição, esta situação é visível no grupo de consumidores mais velhos e mais crónicos que necessitam de assistência. A necessidade de tratamento e de outras respostas para problemas não relacionados com opiáceos também está a aumentar, com um número crescente de consumidores de cannabis e de estimulantes a entrarem em contacto com os serviços. Os complexos padrões do policonsumo de droga, que normalmente incluem problemas relacionados com o álcool, constituem outro desafio. Se bem que as opções terapêuticas exclusivamente farmacológicas para os consumidores de estimulantes ainda pareçam improváveis, o maior interesse da investigação por este domínio tem produzido resultados animadores, incluindo uma melhor compreensão do contributo dado pelas abordagens psicossociais (OEDT, 2010).
Descrição: Relatório de estágio realizado no âmbito do Mestrado em Psicologia Clínica.
Exame público realizado em 31 de Maio de 2012.
URI: http://hdl.handle.net/11067/2476
Tipo de Documento: Dissertação de Mestrado
Aparece nas colecções:[ULP-IPCE] Relatórios

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