Do estereotómico ao tectónico

Abstract

O presente trabalho debruça-se sobre o tema da estereotomia e tectónica enquanto dualidade arquitetónica intemporal na categorização dos edifícios e respetivos espaços projetados pelo e para o Homem. Partindo do princípio que ambas as categorias evoluíram a par do desenvolvimento da humanidade, no primeiro capítulo expõem-se as suas origens com base nos primitivos refúgios e abrigos humanos formalizados na caverna e na cabana, e explora-se ainda o significado dos termos e os conceitos que a cada caso estão associados, elucidando-os através dos distintos métodos construtivos. No segundo capítulo aplicam-se os estudos anteriormente realizados na dissecação de três obras contemporâneas que comprovam a atualidade dos conceitos. Apresentam-se a Casa na Fontinha do arquiteto Manuel Aires Mateus em parceria com o atelier SIA Arquitectura, a Casa em Cap Ferret do atelier Lacaton & Vassal e ainda a Casa em Sevilla-la-Nueva da autoria de Alberto Campo Baeza, exemplos através dos quais se defendem a intemporalidade das categorias estereotómica e tectónica. No terceiro capítulo sujeita-se o projeto para San Lorenzo em Roma, realizado no último ano curricular, a uma leitura crítica dos espaços projetados coerente com as metodologias acima esclarecidas.