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dc.contributor.authorBraga, Isabel M.R. Mendes Drumond, 1965--
dc.date.accessioned2020-06-03T11:00:47Z-
dc.date.available2020-06-03T11:00:47Z-
dc.date.issued2010-
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11067/5520-
dc.descriptionLusíada. História. - ISSN 0873-1330. - S. 2, n. 7 (2010). - p. 289-322.pt_PT
dc.description.abstractO estudo de inventários de bens contidos em processos do Santo Ofício movidos em especial a cristãos-novos do século XVII, a partir de uma posição metodológica que entende a cultura material associada à vida social e prática das famílias procurando nas actividades do quotidiano o sentido do consumo é o objectivo deste texto. As possibilidades deste tipo de fontes são múltiplas, mormente a reconhecida importância e riqueza informativa dos inventários de bens para o estudo do entesouramento, do luxo, do coleccionismo, dos níveis de vida e dos padrões de consumo na Época Moderna, perscrutados pela posse de escravos e de bens de luxo – peças de vestuário e de adorno, nomeadamente jóias; mobiliário e outro recheio da casa, como roupa de cama e de mesa, pratas, alfaias litúrgicas, livros, instrumentos musicais, diversos objectos de colecção, carruagens e outros. Efectivamente, os inventários de gente abastada permitem, inclusivamente, perceber a introdução de novos objectos no património familiar e a presença de peças de vários espaços ultramarinos, como por exemplo mobiliário confeccionado com madeiras exóticas asiáticas e brasileiras, jóias de ouro e gemas, em especial durante o século XVIII, mas com antecedentes claros ainda na centúria anterior. Sabendo-se que, na Época Moderna, o acesso a certos bens e serviços evidenciava a distância social, material e cultural dos indivíduos e sabendo-se também que, desde cedo, os diferentes reinos se preocuparam em criar entraves ao consumo de bens de luxo, através da legislação não podemos deixar de notar que a posse de bens móveis e imóveis indiciava o lugar de cada um na sociedade.pt_PT
dc.description.abstractBy going through inventories of goods included in lawsuits of the Inquisition against 17th century new Christian Portuguese families, we intend to explore this documentation from the methodological assumption that translates the material culture associated with the social and practical life of families, focussing on the daily activities that give rise to material consumption. There are multiple possibilities to this type of sources, in particular the recognised importance and information richness of the inventories of goods for the study of hoarding, luxury, collectibles, the standards of living and standards of consumption in the Modern Age, depicted by the ownership of slaves and luxury goods - clothing and adornment items, in particular jewellery; furniture and other household contents, such as linen and tablecloth, silvery, books, musical instruments, several collectibles, coaches and others. In fact, the inventories of wealthy people also lead to understand the introduction of new objects in the family assets and the presence of several overseas territories, as for example furniture built with Asian and Brazilian exotic woods, golden jewellery and gems, especially during the 18th century, but clearly originating from the previous century. If consumption was limited by the economic power and the need to respect the pragmatic standpoint, house and household contents, clothing and adornments of their owners constituted symbolic values through which social status was affirmed.pt_PT
dc.language.isoporpt_PT
dc.rightsopenAccesspt_PT
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0/pt_PT
dc.titleInquisição e cultura material : os inventários de bens como fontes para o estudo do quotidianopt_PT
dc.typearticlept_PT
Aparece nas colecções:[ULL-FCHS] LH, s. 2, n. 07 (2010)

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