Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/3685
Título: Lisboa : expansão e política habitacional do século XX
Autor: Serra, Marta Sebastião Ramires, 1985-
Orientador: Mealha, Jorge, 1960-
Braizinha, Joaquim, 1944-
Palavras-chave: Urbanização - Portugal - Lisboa
Política de habitação - Portugal - Lisboa
Planeamento urbano - Portugal - Lisboa
Renovação urbana - Portugal - Lisboa
Lisboa (Portugal) - Edifícios, estruturas, etc.
Lisboa (Portugal) - História - Século 20
Data: 2011
Resumo: O início do século XIX foi marcado pela introdução do Liberalismo, defensor dos modelos culturais da Revolução Francesa, o qual contribuiu para uma profunda alteração na forma de pensar a cidade. Na 1.ª metade do século XIX, não há significativa alteração da malha urbana, continuando a cidade a caber nos espaços herdados do período pós-terramoto. Em meados do século XIX, com o fomento da indústria e do comércio, verifica-se um crescimento urbanístico para Norte. A construção da Avenida da Liberdade é o projecto urbanístico que melhor representa o momento de ruptura entre uma Lisboa romântica a Lisboa progressista, que ansiava uma modernização urbanística e que culminaria com o início da construção das Avenidas Novas. As Avenidas Novas foram o projecto que consolidou a ideia do desenvolvimento urbano que fez avançar a cidade de Lisboa para Norte, na primeira metade do século XX. Surgem novos bairros com imóveis de rendimento, ocupados por uma classe média em crescimento. Nesta fase, surgem os autores da chamada "Primeira Arquitectura Moderna", introduzindo-a até certo ponto na sociedade da época. Contudo, verifica-se que, por outro lado, renunciam-na nos termos dos limites inseridos pelos propósitos do Estado Novo. Esta geração nasce limitada por duas personagens, através da determinada "política de espírito", habilmente conduzida por António Ferro e Duarte Pacheco. Com o Bairro de Alvalade, projectado por Faria da Costa, põe-se termo aos bairros com características rurais, pensando-se, pela primeira vez, numa solução para o problema da habitação social, dentro da cidade. É um bairro pioneiro dentro da história da cidade, pois é a primeira manifestação de urbanismo moderno na capital, caracterizado por linhas direitas e espaços verdes. O Bairro de Alvalade começou a ser construído a seguir à 2.ª Guerra Mundial. Entre as suas construções destaca-se o Bairro das Estacas, nome derivado dos pilares que sustentam os edifícios. Era o início de uma verdadeira revolução na arquitectura em Portugal, seguindo-se de forma inovadora os princípios da "Carta de Atenas". A par do Bairro de Alvalade, surge o plano do Bairro do Areeiro. Este plano integra-se no extenso programa de construção de frentes urbanas lançadas por Duarte Pacheco, então Ministro das Obras Públicas e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Um dos grandes reflexos de todo este processo é a criação Praça do Areeiro, que representa fielmente as políticas urbanas desta fase. Em 1948, verificou-se o I Congresso Nacional de Arquitectura, patrocinado pelo governo, onde os arquitectos se reuniram para discutir o significado do seu trabalho. As conclusões mais importantes do Congresso foram a clara manifestação de que a arquitectura deveria exprimir-se numa linguagem internacional, assim como a defesa de uma arquitectura e urbanismo modernos, criada com o objectivo de resolver problemas de habitação. Neste contexto, surgiam novos bairros municipais, no nordeste periférico, a mando de Duarte Pacheco: Olivais Sul, Olivais Norte e Chelas, projectos modernos caracterizados por experiências, resultantes de uma distribuição na encomenda dos projectos e enquadramento no contexto de revisão da produção arquitectónica que caracterizou os anos 50.
Descrição: Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2011.
Exame público realizado em 24 de Janeiro de 2012.
URI: http://hdl.handle.net/11067/3685
Tipo de Documento: Dissertação de Mestrado
Aparece nas colecções:[ULL-FAA] Dissertações

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