As morfofunções do passeio na inclusividade urbana

Abstract

O termo “Morfofunção” surge como intenção de associar dois importantes elementos na constituição do passeio, a forma e a função. A forma do passeio, vulgarmente resumida para o limite mínimo definido legalmente, é mais do que a sua largura útil de 1,20m, assim como a sua função é mais do que uma simples superfície para o peão se deslocar. Neste documento procuramos apresentar algumas situações e razões para que o passeio e a sua “morfofunção” sejam alvo de maior interesse e preocupação. Olhamos para o estado atual das cidades portuguesas, para a sociedade em geral, para as suas virtudes e defeitos. Refletimos sobre o impacto da mobilidade e da inclusividade no motor socioeconómico das cidades contemporâneas com bons e maus exemplos. Estudamos lugares, situações e modelos, na busca de elementos chave na importância dos passeios no dia-a-a-dia do utilizador do espaço público. Encontramos espaços de todas as formas, com as mais variadíssimas funções, alguns pensados para a finalidade a que se propõe, outros moldados pelos seus utilizadores ou até mesmo espaços de ninguém. Nós, arquitetos, urbanistas, planeadores, pensadores de cidade e de tudo o que tem forma somos a ferramenta que deve apresentar soluções para os problemas que o crescimento urbano apresenta, atualizando-o para as necessidades dos utilizadores do espaço urbano contemporâneo.