O projecto arquitectónico como contentor e expressão cultural

Abstract

A busca pelo sentimento e pela verdade intrínseca da arquitectura, tem sido, ao longo do tempo, muito abordada e debatida. Sendo que a esfera desta arte abrange e define a grande maioria dos cenários onde decorre a vida humana, é cada vez mais importante descobrir como a desenvolver e qualificar. Procura-se a sua essência, o que a define e o que a constitui, genuína e intrinsecamente. Instalam-se modas, sem verdade nem profundidade. Estas, apenas respondem a critérios formais pré-definidos, considerados pela maioria como atitudes modernas. Confunde-se arquitectura com aparência, sentimento com fugacidade, verdade com superficialidade. Entre tantos equívocos e ambiguidades, existem felizmente, casos de sucesso. Destes, destacamos três, como obras de referência da presente dissertação. São eles: o Centro Cultural de Belém, na Praça do Império em Lisboa, dos arquitectos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado; a Fundação Calouste Gulbenkian também em Lisboa, da equipa de Arquitectos Alberto Pessoa, Pedro Cid e Ruy Jervis d´Athouguia; e por último o Centro Galego de Arte Contemporânea em Santiago de Compostela, do arquitecto Álvaro Siza Vieira.