Utilize este identificador para referenciar este registo: http://hdl.handle.net/11067/2634
Título: Arquiteto Fernando Silva : a história e estórias do Cinema São Jorge
Autor: Areias, Armando Pedro Fernandes de Barros, 1975-
Orientador: Chaves, Mário João Alves, 1965-
Palavras-chave: Silva, Fernando, 1914-1983 - Crítica e interpretação
Silva, Fernando, 1914-1983 - Biografia
Cinema e arquitectura
Cinemas - Portugal - Lisboa
Cinema São Jorge (Lisboa, Portugal)
Data: 9-Jan-2017
Resumo: Este trabalho propõe-se investigar a história do projeto de arquitetura do cinema de São Jorge, realizado pelo arquiteto Fernando Silva, e seu enquadramento urbanístico na Av. da Liberdade. O cinema em Portugal começou a ganhar uma maior vitalidade nos anos 40, pois com a falência do cinema mudo na década de 30, foram criados os estúdios da Tobis, para iniciar a produção de filmes sonoros em Portugal. A modernização da indústria do cinema sonoro na década de 30, permitiu assim, a partir dos anos 40, a realização dos filmes memoráveis como o “Pai Tirano” de António Lopes Ribeiro, o “Pátio das Cantigas” do seu irmão Francisco Ribeiro, entre outros filmes. Com a dimensão social que o papel do cinema passou a ter no quotidiano nacional português, surgiu a necessidade de construir uma grande sala de cinema em Lisboa, tendo sido fundada em 1946 a empresa que desenvolveu o cinema São Jorge. a A “Sociedade Anglo-Portuguesa de Cinemas”. No ano seguinte a obra do cinema de São Jorge iniciava-se, passando a ser a primeira sala do género na capital. A sua localização foi considerada uma das zonas mais emblemática da avenida da Liberdade, local este abrangido por um plano de urbanização que o município desejava fazer. A câmara pretendia prolongar a Rua Manuel de Jesus Coelho, cruzando-a com a Av. da Liberdade. Esta solução implicava demolir o prédio contíguo, desenvolvendo-se o complexo do cinema em quarteirão, mas não foi seguida. Qual terá sido o motivo? Passados 3 anos foi concluída obtendo o prémio municipal de 1950. Foi realizada uma remodelação durante o período de 1974 a 1981 que sujeitou o cinema à subdivisão da principal sala por motivos de rentabilidade, acabando por perder o seu caráter cosmopolita que marcou uma era. Em 1981 o cinema foi invadido com a tecnologia VHS onde durante a década de 70 as primeiras cassetes Betamax no inicio tinham apenas a duração de uma hora, que ao longo desta década, foram inovando passando a ter duas horas permitindo assim a sua divulgação e comercialização. O cinema passava a ser muito cómodo porque se encontrava disponível para todos. No entanto as salas de cinema não terminaram como um só único lugar devido á inovação do cinema que passou a ser mais caseiro onde as novas tecnologias como a internet tornaram o cinema portátil. As intenções são claras, consistindo em investigar a história do projeto de arquitetura do cinema de São Jorge, seu enquadramento urbanístico na Av. da Liberdade e alterações sociais que ocorreram ao longo do tempo até aos nossos dias.
Descrição: Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2016
Exame público realizado em 21 de Novembro de 2016
URI: http://hdl.handle.net/11067/2634
Tipo de Documento: Dissertação de Mestrado
Aparece nas colecções:[ULL-FAA] Dissertações

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