Community music therapy with unaccompanied child and adolescent refugees in a residential setting

Abstract

Este relatório visa descrever o processo e os efeitos de uma intervenção de Musicoterapia Comunitária num contexto e espaço residencial em Lisboa, Portugal, para crianças e adolescentes refugiados não acompanhados. Durante o processo de deslocação e realojamento, os refugiados passam por um leque diversificado de experiências, geralmente traumáticas que poderão ter um efeito prejudicial no seu bem-estar e afetar negativamente a sua saúde mental. O objetivo geral da intervenção foi criar um sentido de comunidade e de pertença, aliviando sintomas de ansiedade e depressão. A música representa a nossa identidade cultural e proporciona um canal alternativo para expressar emoções, estimulando a comunicação num ambiente multilingue. Uma amostra de 35 residentes (idades: 11-20) e 8 membros do staff provenientes de 17 países diferentes participaram na intervenção. As sessões realizaram-se em grupo aberto ou individualmente, consistindo principalmente em técnicas ativas musicais - improvisação, aprendizagem de repertório, escrita e gravação de canções, técnicas recetivas - audição e discussão de música – e outras atividades artísticas tais como pintura. Foi realizada uma avaliação inicial com cada participante (residente) e um questionário no final do estágio. Os comportamentos negativos reduziram e os resultados do questionário revelaram que a participação na Musicoterapia reduziu os sentimentos negativos (tristeza, raiva, depressão, frustração, stress) em 25%. A musicoterapia comunitária constitui uma intervenção adequada neste contexto. Intervenções futuras beneficiarão de um desenvolvimento de projetos mensais, trabalhando com residentes ao longo do seu processo de aculturação e de uma investigação mais detalhada sobre a música e os pontos de vista da saúde mental das culturas presentes na CACR.

This report aims to describe the process and effects of a Community Music Therapy intervention in a residential setting in Lisbon, Portugal for unaccompanied refugee children and adolescents. During the process of relocation refugees pass through a diverse range of traumatic experiences which can have a detrimental effect on their well-being and negatively affect their mental health. The overall purpose of the intervention was to create a sense of community and belonging and alleviate symptoms of anxiety and depression. Music represents our cultural identity and provides an alternative channel for expressing emotions and communication in a multilingual environment. A sample of 35 residents (ages 11-20) and 8 members of staff from 17 different countries participated in the intervention. Sessions were open group or individual consisting mostly of active music techniques; improvisation, learning repertoire, song writing and recording as well as receptive techniques; music listening and discussion and art activities such as painting. An initial evaluation was carried out with each participant (resident) and a questionnaire at the end of the internship. Negative behaviours were reduced, and results of the questionnaire revealed that participating in music therapy reduced negative feelings (sadness, anger, depression, frustration, stress) by 25%. Community music therapy is a suitable intervention in this setting. Future interventions would benefit from a development of monthly projects, working with residents further along their acculturation process and more detailed research on the music and views of mental health of the cultures present in CACR.